quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Educação Popular em Direitos Humanos para Crianças no PASES - 2ª PARTE

Toda perspectiva de educação na linha paulofreiriana exige o conhecimento da realidade da comunidade para realização do trabalho. Embora tivéssemos visitado a comunidade por mais de duas vezes antes da primeira oficina, eu e Veridiana sentimos, na primeira oficina propriamente dita, que era imprescindível conhecer a família das crianças e dos adolescentes com quem estávamos desenvolvendo o trabalho. A abordagem ideal seria a visita familiar in loco. Entretanto, diante do curto espaço de tempo, resolvemos convidar os pais e mães para uma reunião.
Infelizmente, poucos compareceram, mas o diálogo foi rico com os que ali estavam. As necessidades preementes da Comunidade são imensas, tendo em vista que se trata de um lugar esquecido há anos pelo Estado e carente em todas as áreas da política pública. Conversamos individualmente com cada um dos responsáveis, que nos relataram preocupações com o uso de drogas, abuso sexual, gravidez indesejada, estudos, trabalho, transporte, falta de escola, posto de saúde, creche, entre outras coisas.
A partir da fala dos pais e da fala das crianças na primeira oficina,  pude traçar um plano para abordar a questão do preconceito social, étcnico e também a inclusão de pessoas com deficiência.
Iniciamos a oficina com o slide "Tudo bem ser diferente". Na primeira oficina, alguns reclamaram dos apelidos ruins que tinham em sala de aula e na comunidade e pudemos conversar sobre isso de forma divertida.



Após o slide, passamos dois filmes da Turma da Mônica. Desta vez, conseguimos um data show emprestado e as crianças puderam se deliciar com o vídeo.

O primeiro chama-se "Os Azuis". De forma lúdica e engraçada, Maurício de Souza compartilha o dia em a Mônica acordou sendo a única "branca" da cidade. Todo mundo era azul, menos ela. Por aí, pudemos conversar sobre sentimentos de rejeição, sobre o preconceito e o que fazemos com o outro quando não o aceitamos como ele é.



Seguimos com o segundo vídeo, onde Maurício de Souza cria um personagem cadeirante. O vídeo retrata a questão da deficiência de forma leve e verdadeira. As crianças ficaram impressionadas com as pessoas que conseguem jogar capoeira sem pernas e com a perna mecânica do campeão de tênis.


Ao final dos vídeos conversamos e escutamos o que cada um entendeu ou pensou a respeito de cada um dos vídeos que assistimos. As crianças gostam muito de desenhar e brincar com massinha. Por isso, distribuimos papéis, canetinhas, massinhas, lápis e o resultado foram desenhos que falam por si só.





Adriana Monteiro da Silva

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