terça-feira, 18 de outubro de 2011

Educação Popular em Direitos Humanos para Crianças no PASES - Atualizando a galera!

As oficinas para crianças no PASES seguem a todo vapor.

As últimas três oficinas foram realizadas nos dias 24.09.2011, 08.10.2011 e 15.10.2011 e versaram sobre os temas Democracia e Cidadania, Direito à Saúde e Direito à Alimentação, culminando com a festinha do Dia das Crianças.

Na oficina sobre Democracia e Cidadania, trabalhamos o significado destas duas palavras em sua plenitude e pensamos juntos de que forma as crianças brasileiras podem lutar para garantir a democracia e sua cidadania.





O resultado é sempre surpreendente.

Direito de ter a rua limpa - caminhão de lixo.

Direito de ir e vir - transporte

Direito à gozar da natureza.
Ao final, trabalhamos com a dinâmica da trilha e fizemos uma competição. Este foi, sem dúvida, o momento que todos mais curtiram.


Brincadeira da trilha feita pelas assistentes sociais do PASES.
As crianças tem se mostrado cada dia mais interessadas na temática dos direitos humanos- participam e já conseguem fazer sozinhas o link entre os temas e sua realidade.

Eu e os pequenos.


Nas oficinas sobre direito à alimentação e à saúde, trabalhamos com a mesma dinâmica e buscamos conscientizá-los sobre o quanto estes dois direitos estão entrelaçados e que um depende do outro.



Direito à alimentação

Galerinha desenhando!
 No dia das crianças, reunimos toda comunidade do PASES para comemorar e fizemos uma grande festa!


Dia das crianças!

Nos presentes, um pouco do nosso amor por cada um!


Seguimos com alegria!
Adriana Monteiro


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES NO SOL NASCENTE

MÊS

ATIVIDADE PREVISTA


1

20/08

Apresentação do projeto


2

27/08

Levantamento dos temas geradores


3

03/09

palavra geradora “conhecer” e oficina sobre o terceiro setor e construção de projeto



04/09/11

Reunião de equipe


4

10/09

Palavra geradora- “Refletir”- Oficina

Direitos humanos- Alexandre


5

17/09

Oficina Gênero- Lívia


6

24/09

Oficina raízes históricas



01/10

Reunião de equipe


7

08/10

Oficina Memóri- Gilles


8

9

22/10

23/10

Palavra geradora “transformar”- dia do mutirão

22 e 23


10

29/10

Oficina e avaliação da atividade


11

05/10

Encerramento e avaliação do projeto


12

12/10

Reunião para fomentação do Núcleo de referência em Direitos Humanos


encontro feliz- participantes do projeto EPDH se encontram em evento da UNB!



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Avisos ao participantes das oficinas na comunidade Sol Nascente!

Pessoas queridas, estamos com dificuldades técnicas de postar nossas atividades no blog!
assim que resolver o problema com a internet, postaremos nossas atividades e nossa fotinha!!
abraços Adriana e Rayla. :)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Reunião de acompanhamento do projeto Educação Popular e Direitos Humanos realizado no dia 04 de Setembro na Casa da Juventude – GO.

Na manhã deste último domingo, reuniram-se em Goiânia, na sede da Casa da Juventude – GO, a equipe do projeto Educação Popular e Direitos Humanos, com o objetivo de avaliar e acompanhar a execução do projeto. Os monitores e coordenadores repassaram a execução das oficinas de capacitação nas comunidades, relataram o namoro e a aproximação realizados com as mesmas, assim como, encaminhamos também as questões relativas ao orçamento do projeto junto a UnB.


A reunião foi produtiva, encaminhamos as questões burocráticas e avaliamos a execução das oficinas nas comunidades parceiras do projeto, refletimos também a metodologia da educação popular e os limites e desafios enfrentados na execução em cada comunidade.
Estas reuniões, além do objetivo de acompanhar e orientar  a execução das oficinas serve também para a convivência e socialização dos integrantes do projeto, momentos ricos de conhecimento e reconhecimentos e o fortalecimento de laços e vínculos.
Veridiana Lopes

MOPOCEM E SOL NASCENTE – Oficina “Terceiro Setor e Elaboração de Projetos”

No dia 03.09, realizamos a Oficina “Terceiro Setor e Elaboração de Projetos” junto à Comunidade Sol Nascente na Ceilândia.
Participaram da oficina: moradores da região, membros de movimentos sociais locais e alguns estudantes da UNIP do curso de Psicologia.

A idéia de realizar a oficina partiu da própria comunidade que apresentou a necessidade urgente de apresentar um projeto para preservação ambiental da nascente da Lagoa do Japonês.
A nascente da Lagoa corre sério risco. O acúmulo de lixo no local, o avanço de construções e obras e a falta de conscientização da população ameaçam a área. Assim, adiantamos esta oficina cuja previsão seria para o final do projeto.
Iniciamos com uma breve apresentação de Paulo e Marize (moradores locais) sobre a problemática da nascente. Assistimos também a um vídeo feito pelos moradores para que entendêssemos melhor sobre a questão ambiental apresentada.
Em seguida, escutamos a Sra. Fátima, moradora da Ceilândia desde 72, sobre a memória histórica da Ceilândia e do próprio condomínio.
Comunidade discutindo sobre a origem do nome " Sol Nascente"
É preciso ressaltar que estes foram os momentos mais grandiosos da tarde, pois neles experimentamos a troca de saberes que tanto almejamos. D. Fátima deu uma aula sobre direito à memória e à verdade de forma simples e brilhante.

D. Fátima contando tudo que sabe sobre a Ceilândia e seu histórico.
Em seguida, passamos à explanação sobre o Terceiro Setor e suas óticas. Partindo do que os participantes já haviam colocado na oficina anterior, expomos sucintamente sobre a história do terceiro setor e passamos a discorrer sobre elaboração de projetos, trazendo noções básicas como estrutura de um projeto – missão, objetivos, justificativa, árvore de problemas, árvore de soluções, etc.
Participantes em sala
Adriana Monteiro falando sobre terceiro setor.


A partir daí, o grupo se dividiu em dois: um para elaborar um projeto para preservação ambiental da área (comunidade e movimentos sociais); e outro (estudantes da Unip) para elaborar um projeto que batizaram de “Dia da Esperança”, que pretende concretizar-se em uma tarde de atividades para a Comunidade do Sol Nascente.
Turma da UNIP
Turma da Comunidade

Os projetos foram elaborados e apresentados por ambos os grupos – de forma simples, tendo em vista o curto espaço de tempo - e nos trouxeram a noção da caminhada que temos pela frente e do desafio que será ajudar na concretização das ações desejadas pelos participantes.
Saímos de lá ainda mais apaixonadas pelo trabalho e certas de que haverá muito crescimento, tanto nosso como da comunidade, com os encontros proporcionados pela SEDH.
Como oficineiras participaram: Adriana Monteiro, Rayla Silva e Adriana Silva.
Adriana Monteiro da Silva

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Oficina "Identidade" no PASES


Tema: IDENTIDADE 

A construção da identidade é um processo contínuo e dinâmico de autoconhecimento em relação aos aspectos pessoais, sociais, culturais e profissionais. Isso vai se refletir na constituição de valores e papéis que permitem ao indivíduo agir socialmente. 

Objetivo Geral: 
Contribuir para a formação da identidade do jovem, através de um processo em que ele possa visualizar suas reais potencialidades e limitações, ameaças e oportunidades. 

Conceitos Trabalhados:
• Identidade pessoal e social;
• Origem - nome próprio;
• Pessoa e personagem;
• Afetividade. 

Competências:
• Identificar componentes afetivos, culturais, sociais e de conhecimento que constituem a identidade própria e do outro, e que regulam as relações interpessoais.
• Relacionar o reconhecimento da própria identidade pessoal com as possibilidades de concretizar o projeto de vida. 

ATIVIDADE:  

Auto retrato: Desenho de quem sou eu.
Duração: 4 horas
Material: • Papel A4 • Lápis • Lápis de cor • Giz de cera • Hidrocor  

Desenvolvimento:
1. Distribuir folhas de papel A4 e lápis. Pedir que cada jovem desenhe uma figura humana em qualquer parte do papel, enfatizando que o mais importante não é a qualidade do desenho, mas o significado que será dado para ele.
2. Pedir que os jovens olhem fixamente para seus desenhos, tentando entrar em contato com um personagem que possa representá-los.
3. Depois, solicitar que façam três setas saindo da cabeça do personagem, escrevendo três idéias que ninguém irá modificar. Essas idéias podem servir tanto para os próprios jovens quanto para os seus personagens. Os personagens podem ser pessoas próximas, não precisam ser fictícios.
4. Em seguida, a educadora pede para que os jovens desenhem uma seta saindo da boca do personagem, com algo que ele disse e se arrependeu, e outra seta com uma frase que ainda precisa ser dita. Do coração, deve sair uma seta indicando três paixões (com relação a pessoas, idéias, pensamentos) que não vão se acabar para esse personagem. Na mão direita, os jovens devem escrever um sentimento que esse personagem está disposto a oferecer e, na mão esquerda, algo que ele tenha necessidade de receber. No pé direito, eles devem escrever uma meta que o personagem deseja alcançar, e no pé esquerdo, escrever os passos que ele precisa dar em relação a essa meta.
5. A educadora pede agora para que os jovens releiam o que fizeram e observem as semelhanças e diferenças entre eles e os personagens, escrevendo, posteriormente, no verso do papel, esses pontos observados. 

• Etapa 2: Apresentação do personagem
6. Os jovens apresentam seus personagens, colocando-os na terceira pessoa, relatando as semelhanças e diferenças entre eles. Os personagens são um auto-retrato dos jovens. As idéias que saem da cabeça dos personagens referem-se, na maioria das vezes, às profissões que os próprios jovens desejam seguir, seus objetivos futuros e também a justiça, possibilidades de um futuro melhor e paz.
7. Finalizando a atividade, a educadora explica que foi construído um personagem para que os jovens falem de si mesmos.
Ele diz que todos estão sempre se aproximando de um personagem para adquirir, assim, a segurança de que precisam para relacionar-se com o mundo. O personagem da atividade foi um “atalho” para que os jovens falassem de si mesmos. 

Resultados
Iniciamos o trabalho confeccionando os crachás numa dinâmica  de apresentação, após questionado sobre a origem do nome dos participantes, distribuiu-se os crachás aleatoriamente e eles deveriam conhecer a pessoa identificada no crachá a qual sorteou. Após apresentação e reflexão sobre seu próprio nome-identidade, apresentou-se  conceitos de identidade, subjetividade, individuo, grupo, identidade cultural, religiosa, pessoal, social entre outros.
Em seguida solicitou-se aos presentes que realizassem a atividade programada: dinâmica da identidade, onde eles desenharam um personagem qualquer e ao responderem as questões orientadas durante a construção do desenho os adolescentes puderam identificar características pessoais de sua própria identidade, seus sonhos e desejos.
Após a construção do desenho pediu-se que cada um fizesse a apresentação do seu personagem, momento rico de trocas de conhecimento e reconhecimento.

Abaixo alguns desenhos ilustrativos:


  

Veridiana Lopes

MOPOCEM - Movimento por uma Ceilândia Melhor e Comunidade Sol Nascente




O caminho por Ceilândia iniciou-se através do CEPAFRE (Centro de Educação Paulo Freire de Ceilândia), que contribui para a educação de jovens e adultos a mais de 20 anos.  Lá conseguimos contato direto com a representante do CEPAFRE, Maria Madalena Torres, a qual se tornou parceira no nosso projeto. Ao participar de uma reunião na Diretoria Regional de Ensino de Ceilândia, a convite da Madalena, conhecemos o pessoal da Prefeitura Comunitária do Sol Nascente. A partir daí iniciamos uma articulação com o pessoal do Sol Nascente para que as oficinas ocorressem lá. A Madalena ajudou nessa parte também, divulgando as oficinas de Educação Popular e Direitos Humanos, no email do MOPOCEM (Movimento por uma Ceilândia Melhor) e também o Valmir, Vice-Prefeito Comunitário do Sol Nascente, ajudou a articular com a Comunidade. Também articulamos com o ex-prefeito Comunitário do P. Sul, o Ivonaldo, para divulgar entre os alunos de Psicologia da UNIP (Universidade Paulista). Depois de articuladas as parcerias, foi a vez de buscar um espaço físico para a realização das oficinas. A sugestão inicial foi da Escola Classe 66, que fica no Sol Nascente. Entramos em contato com a diretora Eurídice e com a vice-diretora Cláudia e acertamos a utilização do local.

A primeira oficina foi no dia 20 de agosto na Escola Classe 66 às 14 horas. Estavam presentes 37 pessoas, entre moradores da Comunidade do Sol Nascente, estudantes de psicologia da UNIP e algumas pessoas que se inscreveram através da divulgação no email do MOPOCEM. Iniciamos com a dinâmica do barbante, no qual cada um falava seu nome, da onde era e o que mais gostava e depois jogava o barbante para outra pessoa fazer a mesma coisa. Depois que todos se apresentaram, obtivemos uma imagem singular, os barbantes estavam todos interligados, formando uma forma de teia. Isso quis dizer que aquele momento era de uma afirmação de parceria do grupo que dali em diante formou uma rede de contatos. Logo após essa dinâmica fomos para o pátio da escola e fizemos uma roda. Lá conversamos com o grupo sobre o que era o projeto e começamos a falar sobre os problemas da Comunidade. Conseguimos identificar naquela conversa os possíveis temas geradores que o grupo queria ouvir e se aprofundar mais, entre eles problemas com o transporte, problemas com o lixo produzido pela comunidade e deixado de forma imprópria no meio da rua, o problema do envolvimento de jovens com drogas, a infraestrutura precária da Comunidade, segurança, ausência de projetos culturais e falta de creches. Conversamos sobre essas questões e também mostramos da importância do projeto atuar nessa Comunidade. Essa mediação ocorreu com o apoio da Veridiana, coordenadora do projeto, e da Adriana Silva e Rayla, monitoras do projeto. Fechamos o dia com o próprio diálogo entre o grupo e depois com um lanche.



Dia 27 de agosto iniciamos a segunda oficina com uma nova rodada de apresentações junto aos 39 presentes. Depois propomos para o grupo que fechássemos os temas que iriam entrar nas próximas oficinas e depois de um longo debate e troca de conhecimentos e opiniões do grupo, fechamos os temas geradores, sendo eles,  Meio ambiente, Políticas Públicas, Violência e drogas, Gênero, Trabalho e Economia Solidária, Democracia e Cidadania, Preconceito racial e social, Educação popular, alêm de uma oficina de elaboração de projeto junto com o terceiro setor. Fizemos alguns acordos e fechamentos com grupo, dentre os quais, a questão do cumprimento do horário, a participação nas oficinas, a organização da sala antes e depois das oficinas, a proposta de levarem uma caneca, evitando com isso o descarte de copos plásticos e o uso de mística (músicas, dinâmicas...). Demos uma pausa para o lanche e para a interação do grupo. Após isso, propomos que o grupo se dividisse em dois grupos, um formado pela Comunidade e outro formado pelos estudantes da UNIP, para que ambos unissem esforços na proposta de uma ação que seria feita no Sol Nascente.  O grupo dos estudantes propôs o “Dia da Esperança”, que seria composto por oficinas com temas de interesse da comunidade juntamente com a publicação de um documentário relatando a intervenção dos estudantes na Comunidade. O grupo de moradores da Comunidade propôs uma ação para a preservação da nascente Lagoa do Japonês, em que seriam feitas ações de limpeza e de sinalização com placas informando que aquela área é uma área de proteção permanente. Também iriam-se buscar parcerias da SLU para que colocassem lixeiras na comunidade e também com a manutenção da limpeza da nascente. Buscaria-se, junto à EMBRAPA, a doação de mudas para arborizar a região e também um acompanhamento e divulgação por meio da imprensa local. Todas essas ações, buscando por fim último, a conscientização da Comunidade, englobando, crianças, adultos e o comércio local. Logo após as apresentações das propostas feitas pelos dois grupos, fechamos o tema para a próxima oficina, dando continuidade a essa ideia de ações na Comunidade, sendo ela composta de elaboração de atividades, elaboração de projetos e capitação de recursos. Contamos nessa segunda oficina com a parceria da Adriana Monteiro, monitora do projeto, juntamente com a Adriana Silva e com a Rayla.




Rayla Silva e Adriana Silva

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Educação Popular em Direitos Humanos para Crianças no PASES - 2ª PARTE

Toda perspectiva de educação na linha paulofreiriana exige o conhecimento da realidade da comunidade para realização do trabalho. Embora tivéssemos visitado a comunidade por mais de duas vezes antes da primeira oficina, eu e Veridiana sentimos, na primeira oficina propriamente dita, que era imprescindível conhecer a família das crianças e dos adolescentes com quem estávamos desenvolvendo o trabalho. A abordagem ideal seria a visita familiar in loco. Entretanto, diante do curto espaço de tempo, resolvemos convidar os pais e mães para uma reunião.
Infelizmente, poucos compareceram, mas o diálogo foi rico com os que ali estavam. As necessidades preementes da Comunidade são imensas, tendo em vista que se trata de um lugar esquecido há anos pelo Estado e carente em todas as áreas da política pública. Conversamos individualmente com cada um dos responsáveis, que nos relataram preocupações com o uso de drogas, abuso sexual, gravidez indesejada, estudos, trabalho, transporte, falta de escola, posto de saúde, creche, entre outras coisas.
A partir da fala dos pais e da fala das crianças na primeira oficina,  pude traçar um plano para abordar a questão do preconceito social, étcnico e também a inclusão de pessoas com deficiência.
Iniciamos a oficina com o slide "Tudo bem ser diferente". Na primeira oficina, alguns reclamaram dos apelidos ruins que tinham em sala de aula e na comunidade e pudemos conversar sobre isso de forma divertida.



Após o slide, passamos dois filmes da Turma da Mônica. Desta vez, conseguimos um data show emprestado e as crianças puderam se deliciar com o vídeo.

O primeiro chama-se "Os Azuis". De forma lúdica e engraçada, Maurício de Souza compartilha o dia em a Mônica acordou sendo a única "branca" da cidade. Todo mundo era azul, menos ela. Por aí, pudemos conversar sobre sentimentos de rejeição, sobre o preconceito e o que fazemos com o outro quando não o aceitamos como ele é.



Seguimos com o segundo vídeo, onde Maurício de Souza cria um personagem cadeirante. O vídeo retrata a questão da deficiência de forma leve e verdadeira. As crianças ficaram impressionadas com as pessoas que conseguem jogar capoeira sem pernas e com a perna mecânica do campeão de tênis.


Ao final dos vídeos conversamos e escutamos o que cada um entendeu ou pensou a respeito de cada um dos vídeos que assistimos. As crianças gostam muito de desenhar e brincar com massinha. Por isso, distribuimos papéis, canetinhas, massinhas, lápis e o resultado foram desenhos que falam por si só.





Adriana Monteiro da Silva

Relatório PEPDH – Penitenciária Feminina do Distrito Federal

Esse relatório visa descrever o andamento do projeto na comunidade carcerária da Penitenciária Feminina do Distrito Federal. Houve cerca de quatro reuniões realizadas na comunidade carcerária. Na primeira reunião ficou acordado entre a diretora da penitenciária feminina e nós, Claudia e Juliana, monitoras responsáveis pela execução do projeto que trabalharíamos com cerca de quinze mulheres. E que, a princípio, ficaríamos por conta das oficinas às terças-feiras.
Após conversar com a Ivone, diretora no Núcleo de Ensino do presídio, ela decidiu que trabalharíamos com a professora de teatro, Janilce, pois como vimos que a demanda de exercícios ligados à saúde e à consciência corporal era alta, em vista da grande ociosidade que as mulheres sofrem dentro do sistema carcerário, resolvemos trabalhar com algumas técnicas do Teatro do Oprimido, que através de jogos teatrais, procura por via do corpo, estabelecer um contato da mulher em condição de encarceramento, ou seja, com direitos limitados, para sensibilizá-la a olhar sua própria condição de opressão, causando uma possível tomada de consciência e reduzindo a reincidência carcerária. E tal técnica foi escolhida também como meio de “seduzi-las” a participarem das oficinas, já que envolvem atividades mais dinâmicas que simplesmente assistir a aulas palestrais.
Após contato com Janilce, professora de teatro, foi de comum acordo entre nós que trabalharíamos com as mulheres às sextas-feiras, no horário de 13h00min as 18h00min. Na primeira oficina, entrevistamos as mulheres de uma maneira bem informal, sentamos em círculo, e iniciamos um bate-papo, após elas relatarem suas histórias de vida, e o caminho pelo qual se encontram na situação de encarceramento, vimos que duas demandas mais urgentes se sobressaíram. A primeira era trabalhar a condição da auto-estima, e da dignidade de ser mulher, pois, todas as as presentes tinham sido presas por levarem drogas aos seus maridos na Papuda (presídio masculino), então, podemos ver que o amor pelo companheiro as levava a comprometer sua própria condição vital de liberdade, embora, claro, essa não fosse a única causa.
A segunda causa que identificamos, na verdade, mais primária, foi a necessidade financeira, pois foi relato geral por parte de todas que a baixa escolaridade e o alto número de filhos, identificados em alguns relatos, eram condições que as mantinham afastadas das possibilidades de arrumar emprego. Logo, elas se vinham sem caminho, e como não tinham coragem de pegar em armas para realizar assaltos, o meio mais rentável era a comercialização de drogas dentro do presídio masculino, pois assim, poderiam manter as necessidades da família, e cuidar das crianças ao mesmo tempo (relato delas).
Diagnosticamos então que é de vital importância para as oficinas trabalhar com elas caminhos lícitos para que elas não se tornem reincidentes no sistema carcerário. Logo, pensamos em ir a órgãos como a FUNAP – Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso para nos informar acerca da possibilidade de assistência desse órgão, e sobre os direitos de cada uma delas após o cumprimento da pena e o PRONASCI – Programa Nacional de Segurança com Cidadania. Logo, prevemos que as próximas oficinas devem trabalhar primeiramente, a questão corporal, através do teatro, com textos que tratem questões de gênero abordando a condição das mulheres na sociedade, a sexuação das funções do trabalho, e de demais atividades, e história das mulheres no Brasil. E questões de gênero ligadas à saúde sexual, como elas podem se prevenir de DSTs, e também trabalhar dentro da perspectiva de gênero a situação da “lesbiandade temporária”, pois é muito comum que elas se envolvam sexualmente com as amigas de cela, e demais presidiárias, toda vida, sentem isso como uma condição “anormal” da sexualidade dentro delas.              

Claudia Jeane e Juliana Gonçalves

Projeto Educação Popular em Direitos Humanos

Projeto EDUCAÇÃO POPULAR E DIREITOS HUMANOS: CAPACITAÇÃO DE ATORES SOCIAIS NO DISTRITO FEDERAL E ESTADO DE GOIÁS

A proposta ora apresentada visa a realização de Curso em Educação Popular e Direitos Humanos, voltado para atores sociais de comunidades caracterizadas pela vulnerabilidade social, localizadas no Distrito Federal e no Estado de Goiás.

Nesse sentido, a presente proposta afirma a temática “Educação Popular” como ferramenta indutora dos Direitos Humanos, assim como apresenta os custos estimados para a realização das ações.

Assim, o projeto apresenta como objetivos aqueles em consonância com os próprio objetivos da educação popular, que são: a) o primeiro, “coloca a educação popular integrando um processo mais amplo de atuação junto ao povo, do qual fazem parte atividades culturais, educativas, pedagógicas” (ALFONSIN, 2005, p.1) visando “a efetivação dos Direitos Humanos, ou seja, a realização histórica de uma sociedade de plena superação das desigualdades” (MIRANDA, 2007, p. 63-64); b) o segundo, operacionalizado através da práxis sobre o saber, a universidade, sua estrutura e sua função, possibilita que a educação popular seja instrumento indispensável à produção de um saber emancipatório e contextualizado com o seu tempo e espaço.

O projeto então prevê a capacitação de 500 atores sociais residentes no Distrito Federal e Goiás, visando o empoderamento e organização sociais através da educação popular e a constituição de núcleos comunitários de direitos humanos.

Por fim, evidencia-se que a presente proposta está conectada com o Programa Nacional de Direitos Humanos 3, instituído pelo Decreto 7.037/2009, que consolida a perspectiva do reconhecimento da educação não formal, também reconhecida como educação popular, como política pública norteadora de ações capazes de tornarem a educação espaço de defesa e promoção dos direitos humanos, quando afirma o compromisso do Estado brasileiro de incentivar e apoiar iniciativas de educação popular em Direitos Humanos desenvolvidas por organizações comunitárias, movimentos sociais, organizações não-governamentais e outros agentes organizados da sociedade civil, além apoiar e incentivar a capacitação de agentes multiplicadores para atuarem em projetos de educação em Direitos Humanos.¹

 

¹b) Apoiar iniciativas de educação popular em Direitos Humanos desenvolvidas por organizações comunitárias, movimentos sociais, organizações não governamentais e outros agentes organizados da sociedade civil. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério da Justiça; c) Apoiar e promover a capacitação de agentes multiplicadores para atuarem em projetos de educação em Direitos Humanos. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

 

Núcleo de Estudos para a Paz

domingo, 28 de agosto de 2011

Cronograma de atividades na Escola Holanda - Juventude Rural de Goiás

COMUNIDADEJuventude Rural (Assentamentos da Cidade de Goiás)

Público: Jovens dos diversos Projetos de Assentamentos da Cidade de Goiás (Assentamento Baratinha, Assentamento Mosquito, Assentamento Dom Tomas Balduíno, etc), alcançando mais de 10 assentamentos da região.
A escola Holanda possui mais de 300 jovens em processo de alfabetização, com idade entre 12 e 20 anos.
Público específico: alunos/as entre o 6º e 9º ano.
A equipe de professores é formada por 25 educadores, sendo que a escola funciona desde o ano de 2005.
Local das atividades: Projeto de Assentamento Holanda (Escola Holanda)
Datas:

Juventude Rural Escola HOLANDA (Assentamentos da Cidade de Goiás)
1º  Encontro30.083ª Feira *
2º  Encontro14.094ª Feira
3º  Encontro20.093ª feira
4º  Encontro03.102ª Feira
5º  Encontro18.103ª Feira
6º  Encontro31.102ª Feira
7º  Encontro08.113ª Feira
8º  Encontro22.113ª feira *
9º  Encontro28.112ª Feira
10º  Encontro06.123ª Feira
 
Claudio Porto

Trabalho com Adolescentes no PASES

 Fiquei sabendo da Existência do Projeto Assistencial Sementes da Esperança  – Pases,  através de uma nova amiga de trabalho, Ivone Gazola, na qual preside a instituição, conheci Ivone na OnG Berço da Cidadania, onde desenvolvo um trabalho em psicologia, assim como estávamos nos conhecendo surgiu o interesse de conhecer o projeto da comunidade Quinta dos Amarantes, Ivone uma mulher de fé e coragem, sua alma religiosa semeia muitas sementes, ajudando na formação de muitas crianças e adolescentes daquela comunidade.
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     O namoro com esta comunidade para o desenvolvimento do projeto se deu facilmente e logo nos enamoramos desta rica parceria A primeira conversa com os dirigentes e educadores do PASES foi para apresentar o projeto, indicando objetivos, metas e a forma de trabalho. 
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     A primeira oficina naquela comunidade foi agendada em função de uma festividade na qual achamos propicio participar para conhecer a comunidade e apresentarmos para a comunidade a proposta de capacitação em Educação Popular e Direitos Humanos. 
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     Nesta oficina levantamos noções iniciais de Educação popular e Direitos Humanos – com o objetivo de levantar uma chuva de ideias de temas geradores. O que aquela comunidade precisa e quer saber sobre os direitos humanos. 
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     Nosso terceiro momento, e segunda oficina foi a retomada da chuva de ideias dos temas geradores, levantados na oficina passada, Educação Popular e Direitos Humanos. O Objetivo foi construir coletivamente com os adolescentes de temas geradores, o cronograma de oficinas,  esclarecimento da metodologia de trabalho e eleição de dois representantes da turma.
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    O quarto momento do projeto foi uma reunião agendada com os pais no período noturno, com a finalidade de inscrever as crianças no projeto, esclarecendo também os objetivos, forma de trabalho e parcerias.
     
    A terceira oficina temática aconteceu em 27/08 onde se trabalhou a construção da identidade do jovem, adolescente, a subjetividade, o individual e coletivo. Nesta oficina aplicou-se uma dinâmica na qual o adolescente desenha um personagem, mas ao descrever as ações propostas na atividade ele consegue verbalizar suas paixões, anseios, comportamento e sentimentos e sonhos.

    Veridiana Lopes