quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Reunião de acompanhamento do projeto Educação Popular e Direitos Humanos realizado no dia 04 de Setembro na Casa da Juventude – GO.

Na manhã deste último domingo, reuniram-se em Goiânia, na sede da Casa da Juventude – GO, a equipe do projeto Educação Popular e Direitos Humanos, com o objetivo de avaliar e acompanhar a execução do projeto. Os monitores e coordenadores repassaram a execução das oficinas de capacitação nas comunidades, relataram o namoro e a aproximação realizados com as mesmas, assim como, encaminhamos também as questões relativas ao orçamento do projeto junto a UnB.


A reunião foi produtiva, encaminhamos as questões burocráticas e avaliamos a execução das oficinas nas comunidades parceiras do projeto, refletimos também a metodologia da educação popular e os limites e desafios enfrentados na execução em cada comunidade.
Estas reuniões, além do objetivo de acompanhar e orientar  a execução das oficinas serve também para a convivência e socialização dos integrantes do projeto, momentos ricos de conhecimento e reconhecimentos e o fortalecimento de laços e vínculos.
Veridiana Lopes

MOPOCEM E SOL NASCENTE – Oficina “Terceiro Setor e Elaboração de Projetos”

No dia 03.09, realizamos a Oficina “Terceiro Setor e Elaboração de Projetos” junto à Comunidade Sol Nascente na Ceilândia.
Participaram da oficina: moradores da região, membros de movimentos sociais locais e alguns estudantes da UNIP do curso de Psicologia.

A idéia de realizar a oficina partiu da própria comunidade que apresentou a necessidade urgente de apresentar um projeto para preservação ambiental da nascente da Lagoa do Japonês.
A nascente da Lagoa corre sério risco. O acúmulo de lixo no local, o avanço de construções e obras e a falta de conscientização da população ameaçam a área. Assim, adiantamos esta oficina cuja previsão seria para o final do projeto.
Iniciamos com uma breve apresentação de Paulo e Marize (moradores locais) sobre a problemática da nascente. Assistimos também a um vídeo feito pelos moradores para que entendêssemos melhor sobre a questão ambiental apresentada.
Em seguida, escutamos a Sra. Fátima, moradora da Ceilândia desde 72, sobre a memória histórica da Ceilândia e do próprio condomínio.
Comunidade discutindo sobre a origem do nome " Sol Nascente"
É preciso ressaltar que estes foram os momentos mais grandiosos da tarde, pois neles experimentamos a troca de saberes que tanto almejamos. D. Fátima deu uma aula sobre direito à memória e à verdade de forma simples e brilhante.

D. Fátima contando tudo que sabe sobre a Ceilândia e seu histórico.
Em seguida, passamos à explanação sobre o Terceiro Setor e suas óticas. Partindo do que os participantes já haviam colocado na oficina anterior, expomos sucintamente sobre a história do terceiro setor e passamos a discorrer sobre elaboração de projetos, trazendo noções básicas como estrutura de um projeto – missão, objetivos, justificativa, árvore de problemas, árvore de soluções, etc.
Participantes em sala
Adriana Monteiro falando sobre terceiro setor.


A partir daí, o grupo se dividiu em dois: um para elaborar um projeto para preservação ambiental da área (comunidade e movimentos sociais); e outro (estudantes da Unip) para elaborar um projeto que batizaram de “Dia da Esperança”, que pretende concretizar-se em uma tarde de atividades para a Comunidade do Sol Nascente.
Turma da UNIP
Turma da Comunidade

Os projetos foram elaborados e apresentados por ambos os grupos – de forma simples, tendo em vista o curto espaço de tempo - e nos trouxeram a noção da caminhada que temos pela frente e do desafio que será ajudar na concretização das ações desejadas pelos participantes.
Saímos de lá ainda mais apaixonadas pelo trabalho e certas de que haverá muito crescimento, tanto nosso como da comunidade, com os encontros proporcionados pela SEDH.
Como oficineiras participaram: Adriana Monteiro, Rayla Silva e Adriana Silva.
Adriana Monteiro da Silva

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Oficina "Identidade" no PASES


Tema: IDENTIDADE 

A construção da identidade é um processo contínuo e dinâmico de autoconhecimento em relação aos aspectos pessoais, sociais, culturais e profissionais. Isso vai se refletir na constituição de valores e papéis que permitem ao indivíduo agir socialmente. 

Objetivo Geral: 
Contribuir para a formação da identidade do jovem, através de um processo em que ele possa visualizar suas reais potencialidades e limitações, ameaças e oportunidades. 

Conceitos Trabalhados:
• Identidade pessoal e social;
• Origem - nome próprio;
• Pessoa e personagem;
• Afetividade. 

Competências:
• Identificar componentes afetivos, culturais, sociais e de conhecimento que constituem a identidade própria e do outro, e que regulam as relações interpessoais.
• Relacionar o reconhecimento da própria identidade pessoal com as possibilidades de concretizar o projeto de vida. 

ATIVIDADE:  

Auto retrato: Desenho de quem sou eu.
Duração: 4 horas
Material: • Papel A4 • Lápis • Lápis de cor • Giz de cera • Hidrocor  

Desenvolvimento:
1. Distribuir folhas de papel A4 e lápis. Pedir que cada jovem desenhe uma figura humana em qualquer parte do papel, enfatizando que o mais importante não é a qualidade do desenho, mas o significado que será dado para ele.
2. Pedir que os jovens olhem fixamente para seus desenhos, tentando entrar em contato com um personagem que possa representá-los.
3. Depois, solicitar que façam três setas saindo da cabeça do personagem, escrevendo três idéias que ninguém irá modificar. Essas idéias podem servir tanto para os próprios jovens quanto para os seus personagens. Os personagens podem ser pessoas próximas, não precisam ser fictícios.
4. Em seguida, a educadora pede para que os jovens desenhem uma seta saindo da boca do personagem, com algo que ele disse e se arrependeu, e outra seta com uma frase que ainda precisa ser dita. Do coração, deve sair uma seta indicando três paixões (com relação a pessoas, idéias, pensamentos) que não vão se acabar para esse personagem. Na mão direita, os jovens devem escrever um sentimento que esse personagem está disposto a oferecer e, na mão esquerda, algo que ele tenha necessidade de receber. No pé direito, eles devem escrever uma meta que o personagem deseja alcançar, e no pé esquerdo, escrever os passos que ele precisa dar em relação a essa meta.
5. A educadora pede agora para que os jovens releiam o que fizeram e observem as semelhanças e diferenças entre eles e os personagens, escrevendo, posteriormente, no verso do papel, esses pontos observados. 

• Etapa 2: Apresentação do personagem
6. Os jovens apresentam seus personagens, colocando-os na terceira pessoa, relatando as semelhanças e diferenças entre eles. Os personagens são um auto-retrato dos jovens. As idéias que saem da cabeça dos personagens referem-se, na maioria das vezes, às profissões que os próprios jovens desejam seguir, seus objetivos futuros e também a justiça, possibilidades de um futuro melhor e paz.
7. Finalizando a atividade, a educadora explica que foi construído um personagem para que os jovens falem de si mesmos.
Ele diz que todos estão sempre se aproximando de um personagem para adquirir, assim, a segurança de que precisam para relacionar-se com o mundo. O personagem da atividade foi um “atalho” para que os jovens falassem de si mesmos. 

Resultados
Iniciamos o trabalho confeccionando os crachás numa dinâmica  de apresentação, após questionado sobre a origem do nome dos participantes, distribuiu-se os crachás aleatoriamente e eles deveriam conhecer a pessoa identificada no crachá a qual sorteou. Após apresentação e reflexão sobre seu próprio nome-identidade, apresentou-se  conceitos de identidade, subjetividade, individuo, grupo, identidade cultural, religiosa, pessoal, social entre outros.
Em seguida solicitou-se aos presentes que realizassem a atividade programada: dinâmica da identidade, onde eles desenharam um personagem qualquer e ao responderem as questões orientadas durante a construção do desenho os adolescentes puderam identificar características pessoais de sua própria identidade, seus sonhos e desejos.
Após a construção do desenho pediu-se que cada um fizesse a apresentação do seu personagem, momento rico de trocas de conhecimento e reconhecimento.

Abaixo alguns desenhos ilustrativos:


  

Veridiana Lopes

MOPOCEM - Movimento por uma Ceilândia Melhor e Comunidade Sol Nascente




O caminho por Ceilândia iniciou-se através do CEPAFRE (Centro de Educação Paulo Freire de Ceilândia), que contribui para a educação de jovens e adultos a mais de 20 anos.  Lá conseguimos contato direto com a representante do CEPAFRE, Maria Madalena Torres, a qual se tornou parceira no nosso projeto. Ao participar de uma reunião na Diretoria Regional de Ensino de Ceilândia, a convite da Madalena, conhecemos o pessoal da Prefeitura Comunitária do Sol Nascente. A partir daí iniciamos uma articulação com o pessoal do Sol Nascente para que as oficinas ocorressem lá. A Madalena ajudou nessa parte também, divulgando as oficinas de Educação Popular e Direitos Humanos, no email do MOPOCEM (Movimento por uma Ceilândia Melhor) e também o Valmir, Vice-Prefeito Comunitário do Sol Nascente, ajudou a articular com a Comunidade. Também articulamos com o ex-prefeito Comunitário do P. Sul, o Ivonaldo, para divulgar entre os alunos de Psicologia da UNIP (Universidade Paulista). Depois de articuladas as parcerias, foi a vez de buscar um espaço físico para a realização das oficinas. A sugestão inicial foi da Escola Classe 66, que fica no Sol Nascente. Entramos em contato com a diretora Eurídice e com a vice-diretora Cláudia e acertamos a utilização do local.

A primeira oficina foi no dia 20 de agosto na Escola Classe 66 às 14 horas. Estavam presentes 37 pessoas, entre moradores da Comunidade do Sol Nascente, estudantes de psicologia da UNIP e algumas pessoas que se inscreveram através da divulgação no email do MOPOCEM. Iniciamos com a dinâmica do barbante, no qual cada um falava seu nome, da onde era e o que mais gostava e depois jogava o barbante para outra pessoa fazer a mesma coisa. Depois que todos se apresentaram, obtivemos uma imagem singular, os barbantes estavam todos interligados, formando uma forma de teia. Isso quis dizer que aquele momento era de uma afirmação de parceria do grupo que dali em diante formou uma rede de contatos. Logo após essa dinâmica fomos para o pátio da escola e fizemos uma roda. Lá conversamos com o grupo sobre o que era o projeto e começamos a falar sobre os problemas da Comunidade. Conseguimos identificar naquela conversa os possíveis temas geradores que o grupo queria ouvir e se aprofundar mais, entre eles problemas com o transporte, problemas com o lixo produzido pela comunidade e deixado de forma imprópria no meio da rua, o problema do envolvimento de jovens com drogas, a infraestrutura precária da Comunidade, segurança, ausência de projetos culturais e falta de creches. Conversamos sobre essas questões e também mostramos da importância do projeto atuar nessa Comunidade. Essa mediação ocorreu com o apoio da Veridiana, coordenadora do projeto, e da Adriana Silva e Rayla, monitoras do projeto. Fechamos o dia com o próprio diálogo entre o grupo e depois com um lanche.



Dia 27 de agosto iniciamos a segunda oficina com uma nova rodada de apresentações junto aos 39 presentes. Depois propomos para o grupo que fechássemos os temas que iriam entrar nas próximas oficinas e depois de um longo debate e troca de conhecimentos e opiniões do grupo, fechamos os temas geradores, sendo eles,  Meio ambiente, Políticas Públicas, Violência e drogas, Gênero, Trabalho e Economia Solidária, Democracia e Cidadania, Preconceito racial e social, Educação popular, alêm de uma oficina de elaboração de projeto junto com o terceiro setor. Fizemos alguns acordos e fechamentos com grupo, dentre os quais, a questão do cumprimento do horário, a participação nas oficinas, a organização da sala antes e depois das oficinas, a proposta de levarem uma caneca, evitando com isso o descarte de copos plásticos e o uso de mística (músicas, dinâmicas...). Demos uma pausa para o lanche e para a interação do grupo. Após isso, propomos que o grupo se dividisse em dois grupos, um formado pela Comunidade e outro formado pelos estudantes da UNIP, para que ambos unissem esforços na proposta de uma ação que seria feita no Sol Nascente.  O grupo dos estudantes propôs o “Dia da Esperança”, que seria composto por oficinas com temas de interesse da comunidade juntamente com a publicação de um documentário relatando a intervenção dos estudantes na Comunidade. O grupo de moradores da Comunidade propôs uma ação para a preservação da nascente Lagoa do Japonês, em que seriam feitas ações de limpeza e de sinalização com placas informando que aquela área é uma área de proteção permanente. Também iriam-se buscar parcerias da SLU para que colocassem lixeiras na comunidade e também com a manutenção da limpeza da nascente. Buscaria-se, junto à EMBRAPA, a doação de mudas para arborizar a região e também um acompanhamento e divulgação por meio da imprensa local. Todas essas ações, buscando por fim último, a conscientização da Comunidade, englobando, crianças, adultos e o comércio local. Logo após as apresentações das propostas feitas pelos dois grupos, fechamos o tema para a próxima oficina, dando continuidade a essa ideia de ações na Comunidade, sendo ela composta de elaboração de atividades, elaboração de projetos e capitação de recursos. Contamos nessa segunda oficina com a parceria da Adriana Monteiro, monitora do projeto, juntamente com a Adriana Silva e com a Rayla.




Rayla Silva e Adriana Silva